Bem vindo ao espaço digital utilizado pelos alunos e professores da disciplina Técnica de produção em Jornalismo Impresso para debates sobre questões pertinentes à formação jornalística e à prática do dia-a-dia da profissão no meio impresso.

sábado, 5 de setembro de 2009

Impresso em Debate: Semana 3

AtençãoTurmas,

Atendendo a pedidos, estou postando o texto para a semana 3, neste sábado, dia 05 de setembro. O prazo para leitura e comentarios: sexta-feira, dia 11, até meia noite!


O texto é de autoria de Tyciane Cronemberger Viana e foi apresentado no Intercom, aqui em Curitiba, de onde posto esta atividade. Trata do Jornalismo de Serviço e nos conduz a uma reflexão interessante. Boa leitura a todos:


Façam o download do texto: Jornalismo de Serviço


ATENÇÃO: REFORÇO A INFORMAÇÃO DE QUE ESTA ATIVIDADE, AO FINAL, CONTABILIZARÁ 100 PONTOS QUE SERÃO SOMADOS ÀS OUTRAS QUATRO NOTAS QUE TERÃO NO MESMO VALOR.

 abraços

Bedendo

25 comentários:

  1. O jornalismo de serviço surge no país juntamente com a imprensa brasileira. Desde então, desempenha papel fundamental ao orientar o receptor, oferecendo-lhe informação imediata, a qual o auxilia na tomada de decisões no dia-a-dia. Este gênero, presente em todos os veículos, legitima-se em um momento em que o ritmo apressado do cotidiano obriga o indivíduo a tomar decisões rápidas. Diante de muita informação, ele precisa de orientação. Nesse contexto, o jornalismo utilitário é essa guia.

    Indicadores meteorológicos, resultados de loterias e vestibular, cotação de moedas, programação cultural, obituário, telefones de urgência, dicas de moda e decoração, conselhos de saúde, programação da televisão. Esses são alguns dos tipos de informação que caracterizam o jornalismo de serviço. É grande a variedade de ferramentas necessárias aos cidadãos para lidar com as atividades diárias. Diante disso, o gênero utilitário ganha cada vez mais destaque. De pequenos espaços dentro de matérias a suplementos exclusivos. Muitas pessoas abrem um jornal, por exemplo, à procura de informações úteis. Ciente disso, a mídia atende a demanda, mantendo um “vínculo de confiança”.

    O jornalismo utilitário permite que a mídia atenda os interesses imediatos do receptor, desde que eles tenham interesse. No entanto, todos os dias, chegam montantes de material às redações. Segundo Beltrão, grande parte dele tem caráter publicitário. Portanto, é essencial que haja uma seleção do que é de fato de interesse e utilidade pública. Afinal, o jornalismo de serviço está diretamente ligado aos interesses dos receptores e representa um importante e útil instrumento para facilitar a vida cotidiana.

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  2. O gênero utilitário está presente no jornalismo desde o surgimento deste. Assim como deveria acontecer nos outros gêneros é preciso ter grande responsabilidade e eficácia para não passar informações incorretas, já que o jornalismo de serviço lida diretamente com a rotina do leitor.

    Muitas vezes vêem-se releases inteiros publicados nos espaços destinados ao ‘serviço’, onde a preocupação com o leitor deveria ser ainda maior. O erro nesta parte do jornal pode causar danos graves ao leitor. Como o leitor de serviços não é o leitor diário ele se prende ao erro, e provavelmente não recorrerá mais àquele jornal.

    Alguns podem dizer: “mas não tem como não errar!” Mas é preciso o máximo de cautela para não ‘bagunçar’ a vida de quem confia na informação que lê. Um dos fatores responsáveis pelos erros ocorridos é, certamente, a falta de verificação de informações. Quando um release chega à redação é preciso ter alguns responsáveis pela verificação das informações, para que elas não cheguem de forma errada ao leitor.

    No mundo globalizado e consumista em que vivemos é necessário muito cuidado para que o ‘setor de serviço’ não se torne ‘setor de propaganda’. Não há dúvidas de que com a valorização do jornalismo utilitário muitos podem querer entrar nessa página a qualquer custo, fazendo com que o ‘setor de serviço’ se transforme em um mercado pago. Faz-se necessária a consciente separação entre serviço e propaganda.

    O jornalismo utilitário é uma boa saída encontrada, principalmente, pelos jornais impressos e pelo rádio para enfrentar a difusão de informações pelas TV’s e pela internet.

    Thamara Gomes

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  3. O artigo de Tyciane Cronemberger Viana Vaz, “Jornalismo de Serviço: o gênero utilitário na mídia impressa brasileira” elucida algumas questões a respeito do gênero utilitário, que surge na era da sociedade da informação, em que se faz necessário tomar decisões rápidas e na qual se consolidam os cidadãos-consmidores.

    A principal meta do jornalismo de serviço é fornecer as ferramentas necessárias para as atividades cotidianas do cidadão. Tem a proposta de orientar o receptor, ajudando-o em suas escolhas e atividades. Trata-se de um gênero complementar: além de informar, o jornal diz o que se deve fazer. E este tipo de jornalismo é ainda mais presente nos grandes centros, o que corrobora a premissa de que quanto mais há informação disponível, mais as pessoas precisam de orientação. No jornalismo de serviço, as matérias são bem didáticas, explicativas. O leitor precisa de alguém que explique o mundo a sua volta, alguém que ordene o caos da profusão de informações. Assim, o jornalismo, com sua periodicidade diária, atua como guia e ajuda a tornar a sociedade mais organizada.

    Seguindo esta proposta de oferecer soluções para o leitor, é preciso ressaltar a importância de conhecê-lo, para que se possa apresentar o que realmente é útil. Aqui, é possível estabelecer um paralelo com o conceito desenvolvido por Alfredo Vizeu que diz respeito ao fato de os jornalistas construírem antecipadamente um conceito de audiência. Dessa forma, ao invés de conhecer a sua audiência em profundidade, o jornalismo trabalha com uma audiência presumida. Isto é uma dificuldade para o jornalismo de serviço, que está diretamente relacionado às pretensões do leitor. É preciso aprofundar este conhecimento do público.

    Desenvolvendo esta idéia de oferecer aquilo que realmente é proveitoso, é possível resgatar uma reflexão feita no texto “A notícia como forma de conhecimento segundo Robert Park”, de Isabelle Anchieta de Melo. Neste texto, destaca-se que a notícia só existe quando há interesse do público, fazendo com que exista uma relação de co-dependência entre os meios e o público. O jornalismo de serviço aparece, então, como um importante elemento neste processo de oferecer aquilo que o leitor necessita.

    É importante analisar como é o processo de orientação dos leitores desenvolvido pelo jornalismo utilitário, a fim de evitar que este serviço seja utilizado para a promoção de determinados bens. O material que chega às redações deve ser devidamente selecionado e apurado, para que não se corra o risco de publicar publicidades camufladas. Além disso, se o leitor desaprovar uma indicação do jornal é possível que a relação de confiança estabelecida se quebre. O jornalismo utilitário se consolida como um importante mecanismo para fidelizar os leitores: se ali existem informações que ele vai utilizar no dia a dia, o jornal será lido todos os dias.



    Alice Magalhães Linhares

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  4. O artigo “Jornalismo de Serviço: o gênero utilitário na mídia impressa brasileira”, de Tyciane Cronemberger Viana Vaz, reafirma a responsabilidade social e a função de “guia” inerente aos meios de comunicação, com destaque para os veículos impressos.

    A partir de suas reflexões, percebe-se o jornalismo de serviço como um gênero independente e cada vez mais presente na mídia impressa brasileira. Com o objetivo de orientar o leitor, o gênero utilitário busca fornecer informações de utilidade pública que irão influenciar as decisões cotidianas do receptor.

    A importância do jornalismo de serviço se torna evidente nos centros urbanos: os cidadãos estão imersos em uma rotina exaustiva, quase sempre ameaçada pelos contratempos típicos das grandes cidades. Desta forma, muitas vezes, a informação pura e simples não é o bastante. O leitor precisa receber orientações que o auxiliem em seu dia-a-dia e é neste momento que o gênero utilitário se torna fundamental.

    Entretanto, a posição fundamental ocupada pelo jornalismo de serviço está diretamente relacionada à sua credibilidade. Como o próprio texto ressalta, o jornalista deve, de acordo com princípios éticos, separar o que de fato tem caráter utilitário do que é apenas “publicidade disfarçada”.

    Os interesses privados podem aparecer de modo camuflado no espaço público da imprensa, devido ao fato desta, muitas vezes, estar subjugada aos setores comerciais das empresas jornalísticas. Sendo assim, a publicidade penetra e se materializa no espaço antes destinado exclusivamente ao jornalismo. A mistura entre as técnicas jornalísticas de transmitir a informação e as técnicas de persuasão se dá de modo tão sutil que, na maioria das vezes, o leitor não é capaz de perceber as intenções tácitas de promoção do consumo.

    Quando o jornalismo de serviço se deixa levar pelo apelo comercial, há o comprometimento de sua função de orientar, fazendo com que sua credibilidade seja questionada pelos receptores. Ciente dessas implicações, o jornalista deve escolher entre a publicidade e a informação útil. Considerando o gênero utilitário um dos mais influentes na legitimação de um jornal pelos leitores, a escolha mais sensata é aquela que contempla o interesse público.

    O jornalismo de serviço é essencial na vida urbana. Ele é capaz de orientar o leitor tanto nas questões básicas do dia-a-dia quanto nos assuntos de relevância social e econômica. As informações úteis se consolidam como conselhos que ajudam o cidadão no seu cotidiano, fazendo com que o jornal seja uma referência na busca de informações que o conduzam no processo de solução de seus problemas. Desta forma, há o estabelecimento de uma relação de confiança e proximidade entre ambos, na qual a ética, a verdade e o interesse público garantem a fidelidade dos leitores.

    Bárbara Garrido de Paiva Schlaucher
    6º período diurno

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  5. Penso ser inegável a importância da prestação de serviços no jornalismo. Fazer jornalismo é, ou deveria ser, prestar um serviço à sociedade durante todo o tempo. Vejo muito mais semelhanças que diferenças entre, o que os autores chamam, gêneros informativo e utilitário. O informativo é utilitário por natureza e vice-versa. Talvez a diferença seja apenas o tipo de pauta, a do informativo mais "nobre" e do utilitário mais "banal", segundo classificação do imaginário popular.

    Por que não publicar o horário do cinema, a variação no mercado de ações ou o preço de hotéis e restaurantes em cidades turísticas? Esse tipo de serviço atrai uma parcela do público, principalmente para o impresso diário, e é uma chance para que se exerça um dos papéis fundamentais do jornalismo, a prestação de serviço.

    Há risco de algum jornal publicar matéria paga como se fosse serviço? Há algum risco de publicar notas mentirosas privilegiando determinada empresa em detrimento da concorrente? Sim, o mesmo risco que existe de um repórter forjar fonte, adulterar falas, escolher apenas fontes que lhe digam o que quer ouvir, etc. Os dilemas do utilitário e do informativo me parecem os mesmos.

    Cabe ao jornalista escolher o que é notícia e dar o recorte que lhe parece mais interessante para o público, seja numa cobertura em Brasília, seja numa avaliação sobre qual marca de coador de café é melhor. Jornalista que é capaz de fazer publicidade disfarçada de serviço, é capaz de forjar fonte, por exemplo. É questão de ética, não existe pecado menos grave.

    Prestação de serviços não deveria ser tratada como menor dentro do jornalismo, pelo contrário, é uma oportunidade ímpar de se colaborar com a sociedade. Chance de ser mídia, de publicar de forma pura, matérias que realmente interesse ao público, sem jogo de interesses por trás. Matérias que ajudem a sociedade, mesmo que seja lhe informando sobre a situação do trânsito ou o horário do cinema.

    José Roberto Castro e Silva

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  6. O Jornalismo de serviço ou jornalismo utilitário serve como um instrumento de orientação para o leitor. Assim como nos outros gêneros jornalísticos, as matérias de gênero utilitário trazem informação e conhecimento. Porém, informação que serve como orientação e aplicação direta na vida cotidiana do leitor. Importante destacar a legitimação do jornalismo de serviço e sua atuação hoje em dia. O gênero surgiu durante o processo de industrialização e urbanização do país, acompanhando as mudanças, informando e orientando as pessoas sobre elas. Atualmente, o Jornalismo de serviço permanece forte e ganhando cada vez mais espaço na mídia. Resultado de uma sociedade de informação, em que impera a tomada de decisões rápidas e o Jornalismo de serviço serve como mediador e orientador, esclarecendo os caminhos a serem seguidos.
    Os meios de comunicação utilizam, assim, o jornalismo de serviço como instrumento para atender os interesses dos leitores. Na busca da previsão do tempo, do resultado da loteira, dicas de moda ou de investimentos financeiros os leitores encontram no gênero utilitário um instrumento para se orientarem.
    É necessário que o jornalista tome cuidado ao utilizar o espaço de serviço e não transformá-lo em espaço publicitário. As redações dos jornais recebem todos os dias material publicitário e este deve ser filtrado ao ser repassado como dica ou orientação aos receptores. Caso, na visão do leitor, a matéria se mostre imposição de produto e não repasse de orientação, ele se sentirá enganado, e a credibilidade do veículo estará comprometida. O Jornalismo de serviço deve servir exclusivamente como instrumento facilitador na tomada de decisões e orientação na vida cotidiana.


    6ºperíodo diurno

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  7. O jornalismo de serviço surge no país junto com a imprensa brasileira. Os leitores sempre buscaram no jornal, independentemente da mídia, a sua fonte diária de informação. A notícia imediata, que informa, orienta, aconselha e guia os receptores, prestando serviços de utilidade pública deve estar presente em todos os veículos. E nos tempos de excesso de acontecimentos, que podem gerar a disfunção narcotizante, o jornalismo de utilidade é necessário para economizar o tempo e direcionar os cidadãos urbanos.

    O problema é que nas redações dos jornais diariamente chegam milhares de releases disfarçados de noticias de interesse público. Segundo Beltrão, é esse o papel do jornalista. Julgar quais de utilidade pública ou não. Ele é o homem indicado para diferenciar aquelas informações que podem ser divulgadas gratuitamente e as que somente poderão sair através do departamento comercial, ou seja, como matérias pagas. Deve fazer uma seleção das informações que devem ou não entrar no portão, fazendo uma analogia com a teoria do Gatekepeer. E é nessa seleção criteriosa e idônea que veículo terá a fidelidade do seu cidadão-consumidor. O tempo é escasso nos grandes centros e o leitor irá buscar uma informação útil que o faça poupar deslocamento e dinheiro. Assim se ganha um cliente fiel.

    Outra forma de se ganhar a fidelidade do público é através da utilização do jornalismo utilitário pelas empresas jornalisticas com o intuito de gerar simpatia no público. Segundo Diezhandino, o jornalismo de serviço sempre gera no seu receptor uma ação ou reação. Partindo dessa premissa, muitas empresas lançam campanhas filantrópicas de doação de donativos, baseadas na solidariedade do povo. Como é o caso da campanha Criança Esperança da Rede Globo, por exemplo. Só que grande parte da população não tem a consciência que essas empresas obtêm isenção fiscal realizando esse tipo de projeto social. O povo acredita na “bondade” e benevolência das grandes associações da mídia. E empresas enriquecem com a audiência, isenção dos impostos e o com os consumidores fieis.

    Pedro Brasil Silva 6º período Diurno

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  8. É evidente que num universo onde as possibilidades de escolha são diversas, um jornalismo que cumpra a proposta de orientar o leitor e que forneça informações que o auxilie na tomada de decisões, torna-se uma ferramenta de muita valia.
    Não que isso represente que a revista ou jornal sejam bonzinho. Mas que esses e outros veículos de comunicação possuem não somente uma sensibilidade para captar as necessidades do seu público, como também, a flexibilidade para se adaptar aos novos perfis de leitores e às exigências deles.
    O que pretendo nessas poucas linhas não é exaltar o feito desses veículos de comunicação, nem difamá-los. Objetivo sintetizar o raciocínio apresentado no texto “Jornalismo de Serviço: o gênero utilitário na mídia impressa brasileira” de Tyciane Cronemberger Viana Vaz, que aponta o gênero denominado “utilitário” como um poderoso instrumento capaz de disponibilizar, com rapidez, informações ansiadas pelos novos receptores emergentes nessa sociedade “cujo funcionamento repousa na tomada de decisões rápidas” (p. 5).
    Por outro lado, resta lembrar que esse mesmo jornalismo de serviço funciona como uma forma de manter o leitor fiel, já que produz aquilo que esta diretamente relacionado aos interesses imediatos desse publico, oferecendo possíveis resposta e soluções para problemas. Se não é tanto pelas notícias e reportagens que um leitor adquire um exemplar de um determinado veiculo, então esses veículos devem atentar para a veracidade e qualidade da informação do material utilitário ( é bastante frustrante para um leitor que perde um evento porque o horário do evento estava errado no jornal ).
    Assim temos outro ponto para discussão que refere-se justamente à qualidade da informação oferecida. Cabe aos veículos de informação, ter a competência de avaliar todas sugestões de pauta que lhes chegam e separar as que têm efeito puramente propagandístico ( release de um novo produto lançado por uma empresa ) daquelas que constituem uma informações valiosas para o leitor. Como bônus, essas empresas jornalísticas ainda ganham mais trabalho, uma vez que precisam apurar mais informações.
    Apesar de significar um aumento do trabalho, o aumento de ocorrências desse gênero utilitário na mídia impressa brasileira ( como explicitado na pesquisa quantitativa apresentada no artigo de Tyciane ) é um forte indicador da nova tendência que vem se consolidando no universo da comunicação. Esse jornalismo vem complementar o modelo já atuante em nossa sociedade. Embora não tenha a mesma representatividade das notícias e reportagens em quantidade o faz em importância.


    Cristiney Costa Campos
    6 período diurno

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  9. Quebrando os paradigmas do jornalismo convencional, como vemos no texto de "Jornalismo de Serviço: O gênero utilitário na mídia impressa brasileira", o jornalismo de serviço veio trazer a sua função social à tona. Mas ao contrário do que parece, não é um simples utilitário pra preencher páginas ou reforçar a imagem do bom jornalista, amigo da população.
    Prestar serviço pelo jornal impresso é, como afirma Marques de Mello que ele "surge no limiar da sociedade da informação" é reforçar a imagem humana da profissão. É uma forma de dizer ao seu leitor: nós estamos de olho, nós estamos te ouvindo. Se a era do Ipod trouxe a superinformação, o jornalismo de serviço se assemelha a um lorde inglês andando pelas ruas de Nova York nos dias de hoje. Se todo mundo anda para cima e para baixo com seus Ipods, não escutando o mundo a sua volta, o lorde é aquele velhinho que insiste em dar bom dia no elevador, ser simpático com as pessoas, e mostrar que por mais que se forme uma sociedade virtual, todos vivem no mesmo mundo real.
    "Boa parte das pessoas que leem o jornal num determinado dia procura ali informações úteis para a vida", parafraseando Marcelo Leite, é a síntese do jornalismo de serviço. E quando ele erra, o leitor percebe. Há algum tempo atrás, aconteceu um vazamento em frente ao local onde moro. Na dúvida, obviamente fui até o jornal descobrir o número que deveria ligar. E o número estava errado. Conclusão? A partir de agora, pratico minhas buscas no Google, perdi a confiança no jornal, assim como várias outras pessoas que conheço que perderam sessões de cinema, que viram matérias mal apuradas. O mau uso do jornalismo, como vemos, pode ser um fator negativo.
    Sou assinante de dois grandes jornais, um nacional e um local, e sempre busco neles informações rápidas e úteis. Mas, de uns tempos pra cá, eu sou um adepto do google. Isto reforça um sentimento: até para ser voluntário o serviço deve ser bem feito, caso contrário não deve-se oferecê-lo, pois põe-se em dúvida a imagem do jornal.
    E no meu momento ápice de revolta, descobri há uma semana que fui aprovado no vestibular há dois anos atrás numa universidade do Rio, via google. Mas como só acompanhava o resultado pelo jornal, descobri tarde demais. Da minha revolta, exponho o seguinte ponto de vista: se for para prestar serviço, que ofereça não uma gentileza, ou cortesia, mas sim um contrato de confiança com o seu leitor. Caso contrário, o jornalismo de serviço será sepultado pelo "Google it".
    Leonardo Civinelli - 200712014

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  10. Convenientemente surgido "no limiar da sociedade da informação", o jornalismo utilitário aponta caminhos, sugere programas e revela possibilidades ao leitor - muitas vezes, fornecendo-lhe informações que ele não teria tempo de pesquisar por conta própria. Dessa forma, recorremos ao jornal quando queremos consultar a programação cultural do cinema ou teatro ou, nos exemplos citados pela autora, a lista de postos de vacianação e a de aprovados no vestibular.

    Em um mundo no qual somos constantemente bombardeados por informações provenientes dos mais diversificados veículos, acessar uma lista sucinta daquilo que estamos procurando, sejam peças teatrais ou postos de vacinação, é, sem dúvida, uma enorme vantagem - isso para citar apenas um dos gêneros dessa categoria jornalística apresentados pela autora.

    Dessa forma, o jornal cria com o leitor uma relação de confiança, baseada na velha e tão discutida credibilidade jornalística. Quem lê, confia no veículo não só quanto à idoneidade dos jornalistas e à veracidade das informações por eles divulgadas mas, também, no que diz respeito às dicas e sugestões publicadas. Por isso, é preciso conhecer a fundo o leitor; seus gostos, necessidades e interesses.

    Outra questão relevente trabalhada no texto é a definição do que deve ou não entrar no jornal. Todos os dias, as redações recebem uma enxurrada de releases dos mais variados tipos, mas todos com a mesma finalidade: promover algo ou alguém, o que, em última instância, é o objetivo fundamental de uma assessoria de comunicação. Cabe aos profissionais saber discernir entre o que deve ou não ser divulgado, para que não sejam manipulados nem frustem as expectativas dos leitores.

    Gabriella Praça

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  11. Vejo o Jornalismo utilitário com algo que surge para auxiliar a vida das pessoas, porém, muitos moldam suas atividades em função dele, seguem "à risca" todas as dicas e orientações. Exemplo disso são as mulheres que a cada semana estão com uma nova dieta, tomando um novo chá emagrecedor que foi sugerido na reportagem e funcionou com um grupo.

    Tocando no campo da publicidade "disfarçada de serviço" vejo isso como crescente no jornalismo. São entidades, políticos, espetáculos todos, na maioria das vezes, querendo promoção sem um custo. Releases que chegam nas redações e acabam sendo publicados na íntegra (ora, duvido que uma instituição mande envie para imprensa releases com caráter negativo de seus trabalhos.

    No âmbito mais objetivo, como previsão do tempo e cotação da bolsa, enxergo o jornalismo utilitário como algo extremamente benéfico para o leitor.

    O Jornal e/ou jornalista devem selecionar o que vai ser publicado como serviço e o que vai como propagando, se não o fizer, cabe ao leitor ficar atento para os variados tipos de "disfarce" que surgem nas mídias, avaliar e fazer a seleção, sem se deixar influenciar.

    Liliane Turolla

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  13. O tema “jornalismo de serviço”, discutido no artigo de Tyciane Cronemberger Viana Vaz, me levou imediatamente a refletir o caso do radiojornalismo. O rádio, na condição de prestador de serviços, e o radialista na condição de representante do ouvinte, do povo, da sociedade; em casos mais específicos, da comunidade. Muitos ouvintes buscam no rádio essa prestação de serviços; assim como o gênero utilitário do jornalismo impresso, o rádio, de uma maneira geral, informa o ouvinte sobre a meteorologia, dá resultados de loteria, telefones úteis, indicadores de trânsito, entre outras coisas diretamente relacionadas ao cotidiano do receptor. O rádio se caracteriza como orientador -mais efetivo do que a modalidade impressa- para o cidadão na hora de suas escolhas e atividades diárias. Mais efetivo porque não seleciona seu público pelo seu grau de escolaridade.

    Muitos ouvintes procuram o rádio para fazer algum pedido, denúncia ou reivindicação. Ele espera do rádio os mesmos serviços prestados no jornal impresso, com o grande diferencial de que esse meio não exige que o cidadão seja alfabetizado para ter acesso direto à informação ou ao serviço. Além disso, é comum vermos o radialista como um representante social; é justamente a proximidade existente entre o ouvinte e o radialista que torna esse meio um prestador de serviços potencial e promissor. É um jornalismo que presta serviços além do impresso. E dentro do radiojornalismo, destaco ainda o radiojornalismo comunitário, que surge exclusivamente com a proposta de dar visibilidade a uma determinada comunidade e prestar serviços a ela. Esse tipo de jornalismo fala diretamente à comunidade, ao contrário das rádios comerciais. Porém, independente disso, o radiojornalismo, de um modo geral, opera de maneira mais abrangente na prestação de serviços ao cidadão.

    O ideal seria que o espaço jornalístico não fosse tomado por publicidade ou utilizado como meio de projeção política, por exemplo. Aquele é mais comum no impresso (como jornalismo cor-de-rosa), este, no rádio, mas ambos se referem à promoção de algo, seja de uma marca ou de uma pessoa. Esse é um risco que o jornalismo corre o tempo todo e, como o José Roberto disse, seja no jornalismo informativo ou no utilitário, é uma questão de ética. É um risco inevitável, mas necessário para que o receptor, seja ele ouvinte ou leitor, tenha a confiança de que a emissora que está acostumado a ouvir ou o jornal que assina estão comprometidos com a prestação de serviços a que se propõem.

    Anna Flávia Horta

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  14. Programações culturais, resultados de loteria, meteorologia. Informações que buscam atender ao interesse do cidadão, ajudando em suas escolhas e atividades do cotidiano, aparecem diariamente nos meios de comunicação. É o chamado jornalismo de serviço. Conhecido também como gênero utilitário, busca orientar o leitor com informações que ele possa vir a precisar em algum momento de seu dia a dia.

    Nascido no século XX, o jornalismo de serviço se faz presente em todos os meios de comunicação. A mídia tem se voltado para atender aos interesses do público, o que faz com que o gênero ganhe cada vez mais espaço. O melhor meio para se fornecer as informações de serviço é o jornal, pois sua periodicidade é diária.

    Muitos dos materiais que chegam às redações são de interesse privado. É essencial que haja uma seleção do que é de necessidade para o cidadão ou não. Depois de selecionados, esses materiais devem ser apurados.
    Ao atender ao interesse imediato do público, o jornalismo de serviço se torna um instrumento poderoso na tentativa de manter o leitor fiel ao jornal. Mas para isso é necessário ser feito um trabalho correto na seleção e apuração das informações. Se estas não forem realmente úteis, tende-se a romper a relação de confiança existente entre o receptor e o jornal.

    O gênero utilitário é um prestador de serviços de utilidade pública. Ele deve se atentar exclusivamente para o interesse dos leitores, publicando aquilo que possa ser proveitoso para esses. Cabe ao jornalista se comprometer na busca desse objetivo.

    Luana Lazarini

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  15. O texto de Tyciane Vaz nos apresenta um gênero jornalístico com o qual temos muito contato. O jornalismo utilitário ou de serviço é bastante importante para os receptores, no entanto, deve ser observado e utilizado com cuidado. Do artigo de Vaz, podemos destacar um ponto interessante: o uso do jornalismo utilitário como meio de publicidade.
    A partir da apresentação do gênero utilitário por Tyciane Vaz, podemos observar que alguns dos tipos de jornalismo de serviço são realmente necessários para os receptores, como os que trabalham indicando cenários econômicos, meteorologia, cotações. Esses dados são, de fato, relevantes para muitas pessoas. No entanto, verificamos também que há modelos desse gênero que se ocupam de levar aos cidadãos roteiros de viagem, dicas de espetáculos ou novidades do mercado.
    A autora diz que os meios trazem informações úteis para preencher as necessidades de orientação dos receptores. Mas, como são selecionados os melhores roteiros de viagem, por exemplo? E os hotéis mais bem localizados e confortáveis? E, será que os espetáculos sugeridos são os mais interessantes?
    Vaz afirma em seu trabalho que o “jornalismo de serviço tem um papel orientador, que busca ajudar o cidadão em suas escolhas e atividades do cotidiano”. Essa proposta é muito boa, mas o problema é que temos a sensação de que os meios utilizam os espaços de serviços para fazerem publicidades. Assim, os guias de viagens, os hotéis e os espetáculos seriam apontados de acordo com a conveniência dos meios de comunicação, que podem direcionar os receptores de acordo com seus interesses. A impressão é de que o jornalismo cor-de-rosa, em bastantes veículos, vem “fantasiado” de utilitário, levando os indivíduos a consumirem produtos que nem sempre são necessários e nem essenciais para seu cotidiano.

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  16. O artigo "Jornalismo de serviço: o gênero utilitário na mídia impressa brasileira", de Tyciane Cronemberger Viana Vaz faz algumas considerações relevantes a respeito do jornalismo utilitário. Este gênero jornalístico particular deve visar, sobretudo, expor informações que auxiliem o leitor a tomar decisões cotidianas, como indicadores metereológicos, guias culturais, dicas sobre o mercado financeiro ou como se prevenir de alguma doença. No entanto, por vezes essa prestação de serviços é tomada por uma publicidade dissimulada.

    A autora nos chama atenção, por meio de Luiz Beltrão, para o fato de que os jornais, muitas vezes, recebem releases de empresas que desejam promover a venda de um produto por intermédio de uma matéria de serviço. Sem querer transmitir uma visão romântica de que o exercício desse gênero pelas empresas jornalísticas tem foco apenas no que é útil para o leitor, deve-se levar em conta que ele deve, sobretudo, focar-se no que realmente interessa ao receptor.

    Por ser dotado do potencial poder de influenciar pessoas, a maneira como se realiza esta forma de jornalismo deve ser feita com muito cuidado. Cabe aos jornalistas definir a linha que separa o interesse público do privado. Assim, torna-se clara a necessidade de conhecer o perfil do público-alvo do jornal, considerando-se o que realmente o interessa no cotidiano. Diante de inúmeras informações de caráter expositivo, por vezes se faz necessária a orientação sobre como agir em relação a elas. Por exemplo, a divulgação sobre o dia de vacinação contra a poliomielite é muito mais eficiente quando expõe os locais onde a vacina será disponibilizada.

    Mas até que ponto compensa a uma empresa jornalística ocupar espaços com informações de cunho utilitário? Apesar de não render financeiramente tanto quanto a publicidade, a exposição desse tipo de informação pode gerar credibilidade e estimular a fidelidade do leitor ao jornal.

    Por fim, na sociedade globalizada, conivente com a lógica de mercado, na qual prevalece a profusão de informações que atendam aos interesses de grandes corporações, o jornalismo utilitário configura-se com uma suposta ou esperançosa pretensão de que a grande mídia se importa com o bem-estar dos cidadãos.

    Anelise Polastri Ribeiro
    Comunicação diurno

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  17. Primeiramente gostaria de dizer que não gostei do texto, que muitas vezes se perde na tentativa de explicar o ponto de vista da autora. Parece que ela não tinha segurança no que estava escrevendo mas, mesmo assim, queria convencer os outros daquilo que ela mesma não tinha certeza. Além disso, alguns deslizes na construção do texto marcam o trabalho, como em “necessidade pessoal das pessoas” (Pg. 9), só para citar um caso.

    Concordo com o comentário da Thamara, quando diz que é preciso tomar cuidado com os releases. Aqui, a autora faz um questionamento coerente: “Será que há um tratamento adequado, uma produção jornalística em torno disso?” Trabalhando na assessoria do Sport, muitas vezes já vi meus releases na íntegra em um jornal da cidade e, algumas vezes, até no texto de matérias de TV, sem que houvesse nenhuma apuração adicional. E é aí que mora o perigo para o profissional de imprensa. Na intenção de prestar um serviço aos leitores/espectadores, os jornalistas que simplesmente tomam os releases como verdades absolutas correm o risco de se deparar com assessorias que agem de má fé, fornecendo informações incorretas para valorizar o seu “produto” ou omitir alguma falha. E acredito que nem precisaria dizer, mas reforço que as conseqüências podem ser desastrosas tanto para o jornalista quanto para o veículo onde ele trabalha se a incorreção for identificada por alguém.

    E sou da mesma opinião do Beto, quando ele comenta que há muito mais semelhanças do que diferenças entre os gêneros chamados de informativo e utilitário. Na verdade, discordo totalmente da autora e do autor que ela cita. Acredito que o que é chamado de “jornalismo de serviço” ou “jornalismo utilitário” pode ser considerado, no máximo, um tipo de jornalismo informativo, não um novo gênero.

    Serviços diários de cotações de moedas ou variações no preço de ações, assim como a meteorologia, não são subdivisões de um estilo jornalístico. São simplesmente reproduções de dados consolidados. O jornalismo, informativo, aparece apenas quando há a necessidade de explicar ao leitor alguma mudança brusca que possa afetá-lo diretamente em médio e longo prazo, como no caso recente da crise internacional ou de um fenômeno climático que altera a condição normal do tempo.

    São essas análises, esses aprofundamentos e explicações que compõem o jornalismo informativo e que são a razão de existir um profissional que leve essas informações detalhadas ao leitor de um determinado veículo impresso.

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  18. O artigo de Tyciane Vaz aborda a prestação de serviços através dos meios de comunicação. Para isso, a autora lança mão dos termos “jornalismo de serviço” e “utilitário”. Os termos não foram devidamente explicados como deveria ter sido feito no início do artigo. Como seria possível delimitar de forma clara o que é e o que não é utilitário em um jornal ou revista?
    Tyciane descreve o “gênero utilitário” como independente dos outros gêneros jornalísticos. Sem definir claramente o que seria denominado como utilitário fica difícil concordar com a autora. Em diversos textos, sejam eles informativos, interpretativos ou opinativos, encontramos informações de utilidade pública. Desta forma é mais coerente concordar com Beltrão que não inclui o jornalismo de serviço nem como categoria e nem como formato e, nem por isso, deixa de reconhecer sua existência. Uma coisa é classificar o jornalismo de serviço nas suas varias modalidades, outra é colocá-lo como seguimento a parte.

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  19. Uma das principais discussões travadas no grupo de pesquisa em Comunicação e Esporte, no Intercom Nacional, realizado em Curitiba, na semana passada, foi relativa aos formatos e conteúdos do jornalismo esportivo e, de uma maneira geral, do jornalismo como um todo. Algumas pesquisas apresentadas despertaram o debate acerca dos caminhos que estão sendo tomados por algumas linhas editoriais e linguagens que se dizem jornalísticas, face aos avanços tecnocientíficos. O ponto em conflito é: os modelos de alguns produtos jornalísticos se aproximariam mais de programas de entretenimento, dada à superficialidade com que tratam fatos, notícias e qualquer outra forma de informação. Que tipo de jornalismo estamos pretendendo com essa dimensão líquida da informação?
    Como bem destacou a Thamara, a boa formação do profissional de comunicação hoje é fundamental, especialmente para que “o ‘setor de serviço’ não se torne ‘setor de propaganda’” no mundo globalizado e consumista. O investimento na prestação de serviços é uma guia diferencial e que aproxima qualquer jornalista ou veículo de um conceito mais responsável de comunicação social. O Leonardo complementa esse raciocínio com a citação do professor Marques de Melo sobre o real sentido do jornalismo de serviço: esse está presente na idéia de reforço da imagem humana da profissão. Como destacou o Leonardo, “é uma forma de dizer ao seu leitor: nós estamos de olho, nós estamos te ouvindo”.
    Portanto, é preciso ir além. A Gabriela Praça nos convida a pensar que o jornalismo de serviço deve ser entendido como forma de apontar caminhos, sugerir programas e revelar possibilidades ao leitor. Para fazer esse trabalho, torna-se fundamental “conhecer a fundo o leitor; seus gostos, necessidades e interesses”, como destaca a Gabriela. Precisamos sempre nos lembrar, na condução da palavra, de que, conforme aponta a Liliane, muitas, diria milhares de pessoas, moldam suas atividades em função do nosso jornalismo, especialmente quando esse se destina à prestação de serviços.
    Por fim, não concordo com o Randolfo quando ele diz que o texto se perde na tentativa de explicar o ponto de vista da autora e que há equívocos da mesma, como o da página 9. Na verdade, não se trata de um erro de grafia, de uma redundância ou de um deslize de raciocínio, mas sim de um recurso usado pela autora, importado de Diezhandino (1994), para explicar e evidenciar que o jornalismo de serviço se transforma em uma necessidade quase que individual, pessoal, das pessoas na busca pela informação útil. Por outro lado, concordo com a observação de que o jornalismo de serviço não deva mesmo ser considerado um novo gênero. Na verdade, devemos pensá-lo como produto da essência do conceito de jornalismo, a partir do momento em que esse se reveste do projeto de servir à sociedade. Jamais, no entanto, devemos pensar esse estilo de jornalismo como “simplesmente reproduções de dados consolidados”. Para se tornar verdadeiramente útil, o real jornalismo necessita relacionar esses dados com diferentes contextos sociais, buscar referenciais externos ao fato, aprofundar o debate social. Há espaço sim para a simples divulgação dos dados, em uma notícia ou uma nota breve, mas precisamos refletir sobre o espaço da reportagem, do aprofundamento e de que forma esse jornalismo de serviço pode ajudar a resgatar e impulsionar um modelo mais consciente de se fazer jornalismo.
    Bedendo

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  20. O texto foi sugerido com essa intenção de provocar o debate, com opiniões a favor e contra, como observamos aqui nesse fórum. Acredito que isso seja extremamente útil para o nosso crescimento profissional. A Flávia também desperta para a falta de clareza sobre a classificação do jornalismo de serviço e de utilidade. Na verdade, a autora se refere ao mesmo como gênero utilitário, que se “manifesta nos meios de comunicação de diversas formas e em todos os suportes midiáticos” (p.1). O tema polêmico, como já havia apontado o Randolfo, parte da análise da autora de que o “jornalismo utilitário não se insere nas classificações dos gêneros jornalísticos hegemônicos: opinativo e informativo”. Nesse sentido, estou de mãos dadas com os meus alunos, que também muito me ensinam. Precisamos entender que qualquer modelo jornalístico socialmente responsável deve ser revestido de utilidade, independente de espaço e de tempo para sua divulgação.

    abraços

    Bedendo

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  21. O artigo em debate trás uma importante discussão sobre um gênero jornalístico muito presente nos meios de comunicação atuais.

    Concordo com a autora, quando defende que o jornalismo de serviço é um gênero independente e, como tal, deve ser estudado separadamente, pois não cabe nas classificações opininativas e informativas já existentes.

    Em função da complexidade das sociedades em que vivemos, esse tipo de jornalismo vem crescendo sempre mais. Isso porque as pessoas hoje - principalmente aquelas que vivem em grandes centros urbanos - não tem tempo a perder e necessitam de informações sobre uma infinidade de assuntos que afetam o seu dia-a-dia.

    Nesse contexto, os jornais e revistas funcionam como prestadores de serviços de utilidade pública que orientam os leitores a tomarem decisões.

    Destaco também a responsabilidade do jornalista - lembrada pela autora - de escolher o que é importante para o jornalismo de serviços. Realmente muitos releases são enviados por assessorias de comunicação às redações como forma de buscar uma divulgação de determinado produto ou evento, camuflando-se de informações úteis. Apesar disso, acredito que os veículos de comunicação de credibilidade tem conseguido exercer esse papel com eficiência.

    Com relação às subdivisões do jornalismo de serviço, apresentadas no artigo pela autora, destaco a de Diezhandino que foi bastante completa e conseguiu abranger grande parte do conteúdo desse gênero, presente nas diversas mídias.

    É interessante ver que o jornalismo de serviço vai se modificando e configurando de acordo com a evolução da sociedade. Um exemplo disso, é a presença cada vez maior das seções "Faça você mesmo" em revistas, que é fruto da condição econômica atual - em que as pessoas precisam aprender diversas tarefas que antes podiam pagar alguém para fazê-las.

    Notamos que o gênero jornalístico em questão não é novo, apesar de estar em constante modificação. A autora trata de publicações que datam do surgimento da imprensa brasileira, que já traziam informações úteis - como, por exemplo, preços de produtos no mercado.

    Por fim, analiso o jornalismo de serviço como uma importante peça dos gêneros, que garante uma fidelização dos leitores aos veículos, uma vez que sempre trará alguma informação que pode ser útil para a vida cotidiana das pessoas.

    O artigo em questão foi uma boa escolha para os nossos debates, pois acrescentou classificações de gêneros que não vimos antes na faculdade. Não sei se caberia um espaço na graduação para ensinar esse gênero jornalístico, mas destaco a importância dessa leitura para nossa formação.

    >>Laura Giordano

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  22. Abordar o jornalismo utilitário ou de serviço em um contexto no qual reina a lógica da informação rápida e massiva, me parece algo de extrema relevância. É notório que o gênero utilitário está cada vez mais presente nos meios de comunicação mas o enfoque dado a esse tipo de jornalismo toma sempre um viés mais secundário. As matérias de destaque ou de “grande importância” são sempre aquelas relativas ao factual, à novidade, à informação mais recente. O que condiz com a natureza do trabalho jornalístico: levar os fatos relevantes o mais rápido possível à conhecimento público. Porém, há problema a partir do momento em que, na ânsia de “superinformar”, o conteúdo das matérias se restringe à dados sobre os acontecimentos. Não há possibilidade de pensar nas conseqüências de algo, se já existe a necessidade de saber qual o próximo fato.
    Embora ciente da importância do jornalismo utilitário, o autor Jacques Kayser (citado por Tyciane Viana) classifica esse gênero como caráter secundário. É interessante observar que mesmo as editorias que apresentam frequentemente o jornalismo de serviço são consideradas “leves” em relação ao conteúdo do restante do jornal ou da revista. Revistas que se compõem basicamente de jornalismo utilitário (como muitas destinadas ao público feminino) são tidas como supérfluas.
    Embora o público se utilize desse jornalismo de serviço, costuma enxergá-lo de maneira diferente. Telespectadores costumam comparar o Jornal Hoje com o Jornal Nacional e consideram que o primeiro é mais descontraído e muitas vezes, mais interessante. Isso porque ele inclui mais matérias de serviço, enquanto o Jornal Nacional costuma se ater ao jornalismo informativo.
    É claro que essas percepções não foram fundamentadas em nenhuma pesquisa ou estudo. São apenas conclusões retiradas a partir do cotidiano mas que estão de acordo com o que é identificado por Tyciane em suas análises. Essas impressões soltas, criam a sensação de que, embora o público goste e faça uso do jornalismo de serviço, costuma considera-lo como um jornalismo mais “light” e, de alguma forma, de fato mais secundário.
    Outro ponto abordado por Tyciane é a dificuldade de se produzir jornalismo de serviço sem mascarar publicidade. Serviços de guias, por exemplo, que buscam indicar ao leitor o melhor produto, destino ou serviço, caem muitas vezes nos limites da propaganda encoberta. A autora alerta para a importância da apuração dos releases vindos de assessorias para manter a relação de confiança entre o meio de comunicação e o consumidor.
    A sensação de estar consumindo publicidade ao invés de serviço pode ser amenizada com uma forma cada vez mais freqüente de se produzir jornalismo utilitário: integrá-lo às reportagens informativas e interpretativas. Conjugar gêneros se tornou uma maneira eficaz de atender às necessidades do público consumidor sem perder em qualidade. E nessa conjunção, os tipos de serviços mais abordados são as informações que induzem o leitor a prevenir, enfrentar ou combater um mal e as que identifica o leitor à outras pessoas. Por se tratar de hábitos já incorporados na produção de reportagens, criar matérias completas faz com que os jornalistas prestem serviços mais diretos, muitas vezes sem se dar conta disso.
    As análises de Tyciane Viana colaboram para a compreensão da importância do jornalismo utilitário no sentido de prestar um serviço de orientação ao leitor, de guia-lo nas decisões cotidianas. É o jornalismo que traz algo além da informação pura e simples. Traz a informação com utilização prática, que faz com que o leitor encontre no meio de comunicação a ajuda que muitas vezes não encontra de outras formas no dia-a-dia. Reforça-se então, mais uma das muitas responsabilidades dos jornalistas.

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  23. O jornllismo utilitário se mostrou fundamental históricamente. Através dados fornecidos pela autora é possível perceber que a divulgação deste tipo de informação acompanhou a evolução dos meios de comunicação no país.
    Este serviço talvez possa ser olhado com preconceito pelos colegas frente à apuração de matérias de editorias de maior destaque. No entanto, sua importância é tamanha que o "serviço" acompanha, até mesmo, as grandes reportagens. Como dito em um comentário acima, a prestação de serviço deveria ser o norte de todo jornalista. E talvez incorreríamos no erro se pensássemos que o jornalismo de serviço tem menos importância na busca por esta realidade. Como é exposto pela autora, o indicadores, roteiros e cotações orientam o leitor que, de fato, consome a informação com um propósito. No entanto, é preciso avaliar a forma como esta vertente do jornalismo diário é realizada, visto que pode se configurar como uma espécie de publicidade camuflada. Resguardados os devidos cuidados, sou totalmente a favor da ampliação de suplementos que dão espaço a este tipo de conteúdo, afinal, a nossa função é informar, em detalhes e qualidade, de acordo com o perfil e interesse de nossos leitores.

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