Bem vindo ao espaço digital utilizado pelos alunos e professores da disciplina Técnica de produção em Jornalismo Impresso para debates sobre questões pertinentes à formação jornalística e à prática do dia-a-dia da profissão no meio impresso.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Impresso em Debate Turma II - Outubro 2009

Alô turmas!

Sejam bem vindos a atividade online do Jornal de Estudo. Essa semana o texto para leitura é o “Do Jornal Impresso ao Digital: novas funções comunicacionais”, da professora Héris Arnt (UERJ).

Atenção turma: comentários até a meia noite de sábado, dia 17/10. Boa leitura!



Façam o Download do texto: Do Jornal Impresso ao Digital

17 comentários:

  1. Em qualquer processo evolutivo, tememos perdas. O advento da tecnologia propôs desafios a Comunicação e as mídias. Mas, sem desafios não podemos mudar, tão pouco crescer. A digitalização da informação trouxe um novo fazer comunicacional, em que todos compartilham informações de uma forma interativa, prezando também a autonomia dos receptores.
    Os jornais online são a expressão da necessidade de se informar, que está de acordo com a realidade cotidiana das massas e da velocidade dos fatos. A rapidez que as informações são operadas e difundidas contribuem para questionáveis falhas de informação. Porém quaisquer veículos estão pré-dispostos a falhas de apuração. Claro, que este problema não deve ser tratado de maneira superficial, antes é um problema ético e de postura, que cabe às empresas e aos profissionais.
    Neste ponto a mídia impressa está em vantagem, afinal por trazer uma notícia “passada”, o impresso pode trabalhar as matérias-primas “fatos” e “informação” com mais tempo. Logo conferir dados, ver outros ângulos e reflexionar o próprio fato. Héris Arnt questiona isto, e evidencia em seu texto a criação de uma própria visão do receptor, que constrói um universo próprio de referencias sobre os temas, a partir da convergência entre as informações de distintos veículos. A mídia digital e impressa é um encontro em si mesmo, na medida em que acrescentam e contribuem para formação opinativa e social dos indivíduos.

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  2. O desenvolvimento da tecnologia vem transformando o jornalismo ano a ano, e a profissão tem constantemente que se reinventar, se readaptar às novas tendências. Antes era o rádio que iria sumir por causa da TV e hoje é o impresso, que ninguém mais vai ler por causa da internet. Mas, ao contrário do que era esperado, todos eles continuam sobrevivendo, bem ou mal. A verdade é que a internet facilitou a busca por informações e proporcionou ampliar nossa rede de contatos. Tudo aquilo que um jornalista precisa, ele acha na web: muita informação e muitos contatos. Mas, como selecionar a verdadeira informação vinda da web? Talvez por essa “desconfiança” é que o jornal impresso nunca vai perder seu lugar na comunicação. Em seu texto Héris Arnt afirma que “o jornal reafirma seu campo de atuação na sua função de informação, validação e de reflexão crítica sobre os acontecimentos”. Essa afirmação da autora mostra a diferença entre buscar informações na web e no jornal impresso. A internet propicia que tenhamos o contato quase que imediato do fato, já o jornal impresso nos permite uma análise mais aprofundada e abrangente.

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  3. Com o advento digital discute-se por meio de diversas pesquisas, se o jornal impresso é hoje uma forma ultrapassada de fazer jornalismo. O jornal digital através da expansiva internet é uma forma satisfatória de fazer o jornal impresso antes tido como local virar algo unversal. Mas até que ponto isto é bom ? já que o esta localidade do impresso é que o torna interessante, já que este com suas multiplas editorias, reflete o social.
    O autor nos mostra justamente isto. A midia digital é nova e por isso, não produz uma linguagem própria, mas como toda nova midia, ela sempre busca elementos das midias antigas.
    A Internet é hoje em dia algo que disponibiliza um volume de informação muito grande, qualquer pessoa pode escrever na rede. Então é justamente aí que se cria um problema digital e uma solução impressa. É muito complicado dizer hoje o que é confiavel no digital, mas no impresso isso não acontece pois este é um veículo que gera credibilidade.
    O digital interfer sim no impresso, mas este nunca deixará de existir, pois sempre se pauta na credibilidade, no recorte e na leitura social.

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  4. O jornal impresso se apresenta, hodiernamente, como um meio mais idôneo do que o jornal digital. Tal fato se deve à imensa quantidade de informações que circulam na rede e que, pela característica de imediatismo do ambiente virtual, muitas vezes as mesmas não passam sequer pela apuração necessária à notícia escrita. É comum encontrarmos sites de notícias que mudam suas manchetes após um crasso erro informativo. Ao jornal impresso, ao contrário, isso não é possível, visto que a informação está perenemente gravada em suas páginas.
    A grande verdade é que os jornais digitais muitas vezes se utilizam da possibilidade infinita de expressão, intrínseca à Internet, para veicular ideologias de modo unívoco. Diferentemente, ao jornal impresso cabe a veiculação de diferentes formas de pensamento, ao menos superficialmente, a fim de atingir um maior número de leitores.
    Por conseguinte, o jornal digital tem a capacidade de apreender ledores que já buscam um determinado sistema de idéias, visto que as possibilidades oferecidas pela rede são infindas. Pode-se dizer, inclusive, que o jornal digital almeja abranger um público específico e, inclusive, discutir com ele as informações abordadas, através da possibilidade de comentários dos leitores, blogs de articulistas e, ainda, comunidade de discussão online. O jornal impresso, por sua vez, busca atingir o público como um todo e, para tal, apresenta notícias de modo ilusoriamente imparcial.

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  5. O avanço das novas mídias nos proporciona uma integração, a qual nunca haviamos presenciados. há quem diga que com o surgimento de uma mídia, as antigas seriam dissolvidas. Vimos que não, há espaço para todas as mídias, mas a interrelação é totalmente necessária.
    Creio que as mídias pautam umas as outras, mas vejo o impresso com uma possibilidade maior de escapar desse cativeiro. O impresso consegue abordar o cotidiano, com maior precisão e apuração, proporcionando ao leitor uma opnião a respeito do fato. As mídias digitais e os meios audiovisuais são necessariamente imediatistas, e a apuração é deixada de lado. Com isso, várias matérias são corrigidas nos portais da internet. A única forma do jornalismo digital alançar o jornalismo impresso, em termos de apuração, será por meios de links. Mas ao mesmo tempo, entra em choque com a finalidade curta e rápida do meio.
    O jornal tem uma característica única, é o unico meio palpável. Vejo cada vez mais o jornal tentar agradar o seu público, e abandonando a política editorial. O leitor passou a ser colocado em primeiro lugar, diferente do que ocorria anteriormente.
    O jornal é imortal, e as novas mídias vieram para beneficiar todos os outros meios. Sim, com a necessidade de adaptação dos mesmos.

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  6. O que mais impressionou ao ler o texto, foi a curiosidade de descobrir a data em que ele foi escrito. É interessante ler sobre a adaptação dos veículos antigos aos novos meios de comunicação. O fato de ter se passado 7 anos mostra, como cada vez mais, as coisas evoluem com um espaço e tempo muito menor. O texto que fala sobre como o jornal impresso se adaptou ao advento da Internet, não acompanhou à explosão dos novos sites de relacionamento. Hoje, os jornais impressos que aderiram à rede, disponibilizam de outras ferramentas, como os blogs e o twitter. Mais do que oferecer o máximo de informações possíveis, os jornais misturam informação aos momentos de entretenimento. O twitter, por exemplo, pode levar a informação sem que o usuário a procure. Concordo com o texto ao dizer que a Internet não oferece total credibilidade. O fato de todos poderem postar prejudica a veracidade dos fatos. Como o jornalismo on-line tenta acompanhar os acontecimentos em tempo real, ele está mais vulnerável aos erros de apuração . É por isso que o jornal impresso continua como uma fonte segura de informação. Pela dificuldade de se corrigir os erros cometidos, toma-se cuidado ao produzir uma matéria. Na Internet é muito fácil tirar um conteúdo de circulação, ao contrário do jornal impresso. Um jornal que construiu uma imagem na história do jornalismo impresso tomará todos os cuidados para manter essa postura.

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  7. Acredito que o desenvolvimento das mídias digitais veio como uma forma de complementação da mídia impressa. Através dela, surgiu a possibilidade de arquivamento de conteúdos, tanto jornalísticos quanto culturais de tudo o que é produzido. E isso colabora para que a informação não se perca. Por isso, não vejo um meio como concorrente do outro. A instantaneidade e rapidez da internet e dos meios audiovisuais não proporcionam uma abordagem tão ampla do assunto relatado como o jornal impresso. Esse é um dos pontos fracos do meio digital. E aí pesam quesitos como a credibilidade e confiança em relação a noticia dada. Ao contrario, o jornal impresso trabalha de uma maneira mais forte a apuração e o detalhamento dos fatos abordados. Esse é um dos fatores essenciais para os jornais impressos continuarem como uma fonte de informações segura e bastante lida. Com a internet, o acesso a informação ficou mais rápido, mas acredito que a busca pela informação não para no saber que algo aconteceu. Para entender o porquê e o contexto do fato a abordagem mais profunda e analítica do jornal impresso ainda é essencial.

    Magali Pereira

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  8. A transformação da tecnologia digital em mídia abre para o jornalismo impresso uma etapa de readaptação e de evolução. O texto de Héris Arnt levanta as principais questões e desafios que essa reformulação traz. Quando uma nova mídia surge, as demais passam por processos de acomodação à nova realidade e posteriormente de buscar formas de garantir espaço como meio de comunicação.
    O jornalismo on line têm oferecido ao público uma forma ágil e interativa de acesso a informação. Ele destaca-se também pela possibilidade de oferecer maior direcionamento de áreas de interesse de cada público, tendência que vêm sendo seguida por revistas e mesmo pelos jornais impressos, através de cadernos especiais.
    O jornalismo impresso tem a seu favor a marca da credibilidade, pelo aspecto de proximidade e localidade das notícias vinculadas. Além disso, ele age como um meio pluralista, oferecendo diversas visões da mesma informação e fazendo uma seleção dos acontecimentos. Esta seleção, apesar de muito criticada, é um modo de evitar a fragmentação da comunicação, que pode ocorrer no jornalismo on line devido a grande quantidade de opções e informações lançadas a todo momento.
    Acredito que a linguagem digital têm sido cada dia mais distinta da utilizada pela mídia impressa. Apesar de agirem como complementos e oeferecerem juntos à sociedade uma atitude reflexiva sobre os acontecimentos, eles se desenvolvem em caminhos diferentes e para públicos diferentes. Cabe ao jornal impresso manter um modo de produção o mais ético e diversificado possível, para que se mantenha como importante meio de comunicação perante a velocidade de fluxo de notícias oferecida pelo jornalismo on line.

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  9. A evolução tecnológica proporcionada pela ação humana no aprimoramento de seus conhecimentos fez desenvolver também a sua função cognitiva primordial: a comunicação, que se dá pela linguagem. Como afirma Wilson Martins em “A palavra escrita” o desenvolvimento da linguagem, que surge com a capacidade de abstrair, é que nos distingue de outros animais. Com o passar do tempo e com a evolução contínua do homem, as formas de comunicar se desenvolveram adequando-se aos contextos sociais. Hoje, vivemos um tempo marcado pela tecnologia, por isso, não haveria de ser diferente, nossa forma de comunicar também teria de evoluir nessa direção, o que culminou com a informática. Mas com isso, surgiu um desafio para os profissionais da comunicação, principalmente para os jornalistas do tradicional impresso: qual é o lugar da mídia impressa nesse novo contexto? Héris Arnt posiciona o impresso como um recorte da realidade – por meio da eleição de assuntos de interesse social – que valham a confiança do receptor, uma vez que a pouca credibilidade no digital ainda é um entrave: a confiança dos receptores ora é maculada pela apuração apressada de grandes portais, ora pelo anonimato das redes sociais. No entanto, o “jornalismo digital” ou a experiência diária de comunicação digital possibilita uma visão mais abrangente da realidade, sem que o receptor fique preso aos enquadramentos ou angulações da “grande mídia”. Outra vantagem do desenvolvimento da comunicação digital ou das novas tecnologias de informação é a segmentação, que tem o aspecto positivo de abrir novas oportunidades para profissionais de uma área que talvez não esteja em crise como dizem, mas que talvez esteja precisando de reformulações, a começar pelo ensino acadêmico que, em termos, reproduz o ensino de um jornalismo da década de 1980.

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  10. Maíra Pimenta de Azevedo17 de outubro de 2009 às 17:08

    O advento e agora aperfeiçoamento do jornalismo digital direciona o jornalismo impresso para novos rumos. Este posiciona-se cada vez mais no intuito de examinar minuciosamente os fatos, refletir e selecionar os acontecimentos que devem, de fato, ser de conhecimento da sociedade.
    O jornal impresso deixa de ser a única maneira de obter informação e precisa se adaptar à isso. Mas o jornalismo digital não deve ser visto como uma total ameaça ao impresso.
    A tecnologia traduz em muitas vantagens o jornalismo digital, como a rapidez com que se divulga informações e o apelo ao audiovisual, que atrai o consumidor. Além disso, o jornalismo digital conta com a possibilidade de estar sempre atualizado, ao mesmo tempo em que permite o contato com publicações antigas, o que representa uma verdadeira revolução dentro da comunicação.
    Mas o jornalismo impresso tem seus trunfos em relação ao digital. A credibilidade das informações colocadas na internet é ainda um aspecto delicado. A possibilidade de várias pessoas com diferentes objetivos publicarem e difundirem quaisquer informação coloca em dúvida a origem e veracidade da mesma.
    Além disso, conforme analisa Héris Arnt, uma característica antes criticada por muitos estudiosos, configura-se agora como um diferencial do impresso em relação ao digital - a seleção dos acontecimentos. A escolha dos fatos a serem publicados é um aspecto do jornal impresso que norteia o leitor para as informações que ele realmente tem a necessidade de tomar conhecimento.
    O jornal impresso busca atender as necessidades dos diversos leitores, abrigando uma grande multiplicidade de informações. O mesmo não se observa no jornalismo digital, que tende a fracionar o conhecimento, confundindo e sufocando o leitor.
    O jornalismo digital não anula a importância do impresso, ele amplia as possibilidades comunicacionais. É uma forma diferente de comunicação, que não compete com o jornalismo impresso, mas o complementa.

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  11. A contínua inovação tecnológica tende a fazer com que o processo de produção da notícia se renove constantemente. A agilidade e a variedade do jornalismo digital chamam a atenção do leitor e podem ser um fator decisivo na escolha do receptor pelo meio. As notícias são veiculadas quase que instantaneamente ao acontecimento e podem ser atualizadas a qualquer hora. Além disso, o leitor pode optar por aquilo que quer saber, não é mais direcionado pelo veículo. Outro ponto interessante do jornalismo online é a proximidade com o leitor, que pode participar com comentários ou mesmo sugerindo pautas.
    Já o jornalismo impresso é uma forma mais rígida de produção de notícias. Nela, o leitor é direcionado, fica restrito a o que o jornal lhe oferece. Não há possibilidade de interação ou mesmo de atualização do conteúdo. Possui como característica o fato de ser mais tradicional. Porém, é um veículo que traz consigo uma maior credibilidade. E possui a vantagem de ter um público fiel.
    Acredito que a mídia digital tende a ganhar cada vez mais espaço à medida que se encaixa ao modo de vida moderno. Hoje em dia as pessoas não dispõem de tempo para sentar e ler jornal, elas buscam maneiras rápidas e fáceis de se manterem informadas. Entretanto, acredito que o jornalismo impresso sempre terá espaço, devido aos fatores anteriormente citados, como seu público fiel e o fato de ser visto como um meio ético.

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  12. As mídias digitais proporcionaram mudanças tanto na maneira de fazer notícia quanto na forma de consumir informação. Os leitores em rede possuem acesso a conteúdos de qualquer lugar do mundo, de vários veículos diferentes, em tempo real. As notícias estão disponíveis pouco depois que o fato aconteceu, porém sem análises aprofundadas. A interpretação do fato cabe ao leitor. Diante de uma mesma informação veiculada em jornais online diferentes, o leitor possui uma abordagem diferenciada do fato, mas cabe a ele descobrir a relação deste com o momento histórico em que está inserido. Os jornais impressos sobrevivem por possuir uma função diferente. Eles não apenas informam, eles analisam. A internet proporciona o contato do leitor com o meio. O impresso também. Mas não com a mesma comodidade e rapidez. Assim, os dois meios se complementam. O receptor da mensagem não fica à mercê da manipulação política e ideológica dos meios, porque possui condições de interagir com eles para discordar ou para expor o que pensa.

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  13. "Conferir dados, ver outros ângulos e reflexionar o próprio fato", como ressalta Raruza em seu comentário, é uma prerrogativa jornalística que precisa ser urgentemente resgatada, a começar pelas escolas de formação dos novos profissionais, como enfatiza o Adriano. O jornalismo e quem o faz com seriedade, fundamentalmente, precisam da tecnologia, mas não devem permitir que essa euforia técnica se sobreponha ao conteúdo informativo. É nesse sentido que os profissionais do jornal impresso, mídia mais antiga de comunicação de massa, têm papel fundamental na exploração de seus espaços e recursos. Credibilidade, recorte e leitura social, como cita o Bruno, são expressões que podem e devem refletir o jornalismo mais abrangente e de profundidade, como destacou Gabriel. Temos muitos desafios pela frente e muitas pautas a cumprir...espero que esse debate teórico contribua para ampliar horizontes de uma comunicação que, só se transforma em social, quando pautada na ética e na utilidade pública.

    grande abraço a todos

    Bedendo

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  14. O aparecimento de novos meios de comunicação não exclui os anteriores, pelo contrário, um complementa o outro. O que muda, na verdade, é o enfoque de cada um como forma de adaptação a nova realidade. Com o advento da televisão, por exemplo, surgiu uma nova maneira de acompanhar as notícias. As emissoras de rádio se reorganizaram e não perderam o espaço significativo entre as diversas mídias. A relação do jornalismo impresso com o digital não é muito diferente, a nova tecnologia traz uma forma diferente de se ler o noticiário.
    Como Héris Arnt afirma, com o acúmulo de informações dos últimos tempos e das próprias peculiaridades do mundo digital, o jornalismo na rede precisa ser objetivo e superficial. A velocidade da atualização do conteúdo online impossibilita uma apuração adequada, o que reforça o papel do jornalismo impresso de se deter na investigação dos fatos; de ouvir diversas fontes envolvidas.
    Ao mesmo tempo, o jornalismo online toma proporções cada vez maiores. Hoje ele já possui um caráter hipermidiático, aumentando as possibilidades de leitura da notícia – através de um vídeo, um gráfico, uma música, entre outros. Por isso, ao contrário do que Arnt considera, muitas vezes o jornal impresso acaba sendo um ponto de partida para o leitor, sem deixar de ser um meio confiável e com conteúdo aprofundado.

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  15. O artigo apresenta a evolução do jornalismo online e a mudança no perfil do impresso, que se coloca como um veículo cada vez menos focado na apresentação dos fatos "brutos". Para driblar o imediatismo de veículos como a internet, a TV e o rádio, o impresso precisa se colocar como fonte de informação "mais completa" para se manter competitivo. O leitor do jornal diário não está em buscando um resumo do que aconteceu no dia anterior, mas uma avaliação aprofundada dos fatos, sob diferentes perspectivas, para compreender o impacto destes no seu cotidiano. Assim, para ganhar as páginas de um jornal diário, o fato é avaliado sob a perspectiva de seus impactos e desdobramentos na sociedade.

    Arnt também aponta as diferenças do jornalismo que "nasce" na internet - em portais ou jornais feitos somente na web - e do jornalismo apresentado pelas versões online do impresso. Nas versões online de jornais diários, existe uma tendência maior de utilização de métodos consagrados pelo impresso na construção das notícias, até porque muitas vezes a redação da web e do impresso é a mesma.
    Uma discussão relevante levantada pelo autor é a da credibilidade - a internet, como o rádio, aposta no imediatismo e coloca as informações online quase que "minuto a minuto", sem conferir a apuração. A busca incessante pelo "furo" da notícia, muitas vezes, compromete a credibilidade do veículo - que precisa colocar "erratas" para corrigir informações divulgadas incorretamente.
    Neste sentido, o jornal impresso ainda é soberano. Os leitores tendem a confiar mais nas informações aprofundadas do jornal diário do que nas notícias rápidas e fragmentadas da web. A conquista desta credibilidade pode ser apontada como um dos maiores desafios do veículo - ser atual, se manter atualizado e repassar informações confiáveis para o leitor.

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  16. Quando surge um novo meio de comunicação, os meios já existentes passam por adaptações. Um exemplo disso é o surgimento da televisão. Vários teóricos apostaram que seria o fim do rádio. Mas o rádio se readaptou e hoje tem seu espaço.
    Com o advento do ciberjornalismo, tem-se a impressão que ele poderia concorrer de forma desleal com o jornal impresso. Mas esses são meios que podem ser complementares. A característica mais interessante do jornal impresso é que ele é, muitas vezes, descartado após a leitura e a notícia na internet fica arquivada.
    Não se pode concorrer com a rapidez da internet, uma vez que interliga o mundo e conta com grandes agências de notícias. As notícias de relevância mundial correm a rede com velocidade, mas são mais superficiais.
    O jornal impresso, por sua vez, tem a finalidade de aprofundar a notícia, já que quase nunca ele é quem dá o furo. A credibilidade é um dos pilares do jornal impresso, juntamente com a ética. E isso acontece porque se trata de um meio reflexivo, já que é o jornal impresso que faz um recorte da realidade e o apresenta para o leitor.
    A complementariedade dos jornais digital e impresso se dá em função das diferenças básicas entre eles, o que permite que um meio possa suprir as deficiências do outro. Ou ainda que um meio possa complementar a qualidade do outro.

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  17. O homem e suas criações. Será que realmente ele produz aquilo que é capaz dentro de sua realidade sócio-cultural?
    Talvez sim, se admitirmos que o homem é o reflexo de sua realidade e essa realidade, por vezes, lhe é fragmentada e confusa. Talvez não, pelo fato do próprio inventor se embaraçar diante de suas criações.
    Com intuito de armazenar dados, criamos o computador. Quem diria que ele pudesse, não só revolucionar o sistema de escrita, como mediar nossos processos comunicacionais!
    É fato que com o "domínio" da Era Digital a possibilidade de acessar conteúdos diversos é facilitada. No entanto, ainda nos perdemos em meio às informações virtuais. Tanto pelo grau de incerteza que os conteúdos preservam, quanto pelo seu volume, que cresce em proporções exponenciais a cada dia.
    Em meio à baderna generalizada, poucos conseguem sobreviver apenas de informações da mídia digital. Ainda recorremos ao velho e bom jornal comprado na banca da esquina.
    Por essa lógica,pode-se explicar, também, a multiplicação desenfreada de blogs. Estes tentam desempenhar o papel que a mídia digital como um todo deveria estar exercendo em nossa atual condição. Os endereços virtuais, criados por pessoas comuns, aparecem com a necessidade de aprofundamentos de reflexões para além da mídia impressa e da mídia digital de grande porte.
    Já que a mídia digital ainda não se consolidou com moldes próprios. Não possui linguagem específica, e sim, toma por base o estilo tradicional do jornalismo impresso.

    Thais Araújo

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