Bem vindo ao espaço digital utilizado pelos alunos e professores da disciplina Técnica de produção em Jornalismo Impresso para debates sobre questões pertinentes à formação jornalística e à prática do dia-a-dia da profissão no meio impresso.

domingo, 18 de outubro de 2009

Impresso em Debate: Semana II - turma D

Atenção turmas,

O texto dessa semana é o "Leitura de Títulos", sugerido pela professora Luciene. Comentários até meia noite de sábado, dia 24/10/09. Façam o download aqui: Leitura de Títulos

abraços e boa leitura

20 comentários:

  1. No breve estudo a autora nos fala das inumeras funções de um título, seus estilos e sua relação com o texto. Mas em meio a estas definições semioticas e gramaticais a que mais me chamou atenção foi a seguinte: "O titulo é a “porta de entrada” do texto". Esta frase me chamou a atenção pelo simples fato de que ela resume em minha opinião toda função de um título em uma estrutura textual.
    Um velho ditado nos diz que, "a primeira imprensão é a que fica". Pois então, o título nada mais é do que a primeira imprensão(contato), que o leitor tem com o livro ou com o texto. Um texto com um título ruim é pouco lido, pois o título é o que aguça a imaginação do leitor e faz ele continuar a leitura.
    O título tanto na literatura, como no jornalismo tem que de forma suscinta aguçar a curiosidade do leitor, e fazer que ele leia o texto. Pensamos por um lado mercadológico digamos que o texto é um produto e o título é o encarregado de vendê-lo. Ou seja, ele tem que fazer que os "consumidores" comprem de qualquer forma o seu o produto, e para isso ele não pode medir esforços, tem que ser o mais criativo e interessante possível. Em meio a tantas definições citadas e sugeridas no texto esta foi a que mais me chamou atenção, da qual eu resolvi fazer meu breve comentário.

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  2. Não consegui postar minha resposta no blog. Então, enviei-a hoje para o impressoufjf@gmail.com.

    Obrigada.

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  3. Segue abaixo o seu comentário Mariana...abraços..Bedendo

    O título se apresenta como o grande chamariz, seja de uma obra literária ou de uma notícia jornalística. Portanto, é de suma importância a escolha de um título condizente à idéia que se pretende transmitir. Um bom título é capaz de gerar curiosidade nos leitores, sejam eles ávidos ou não pelas palavras.


    Por sua vez, um título ruim pode destruir todo o trabalho, ainda que bem elaborado em seus conceitos e formas. Cabe salientar, ainda, que o título deve ter estreita relação com o tema tratado. É comum vermos más elaborações de título, que acabam por destituir a criação de brilho e genuinidade. As traduções errôneas de obras estrangeiras são também uma grande limitação à tentativa de enaltecer o conteúdo das mesmas, visto que muitas vezes a própria essência se perde em letras malfadadas.


    Contudo, pode-se dizer que o jornalismo é o grande prejudicado da pândega dos títulos errados. Uma manchete mal elaborada aniquila boa parte do trabalho do repórter, já que a maior isca de leitores é praticamente inutilizada. Por conseguinte, a ausência de um destaque em meio às demais notícias pode transformar a matéria em meras palavras em um jornal e não na informação propriamente dita, visto que não consegue atingir o seu principal objetivo: instigar os leitores.

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  4. Em Leitura de Títulos é possível perceber a importância de um título para as diversas produções culturais: livros, poemas,poemas, filmes, músicas, pinturas, textos da imprensa etc. Os títulos cumprem uma função remissiva, importante para a memorização, mas também incitam a leitura. É um recurso que faz parte da tradição da linguagem, causando estranheza em determinadas produções que não tenham título. No jornal, sua importância está na apresentação resumida dos conteúdos, o que contribui para a "seleção" do leitor. No entanto, a ambivalência de sua função, escondendo ou demonstrando perspectivas de abordagens para os temas, pode frustrar o leitor. Acho que na função de jornalistas devemos prestar muita atenção na produção dos títulos, evitando exageros ou dissonâncias com o texto. A criatividade é um elemento que pode ser bem trabalhado, evitanto dar destaque ao título em detrimento do texto, é claro.

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  5. O texto retrata tudo o que envolve um título. Seja ele no jornalismo, num livro, num filme ou então numa peça de teatro. O título sempre vai antecipar a obra, com a função de chamar a atenção do público, fazer com que a pessoa bata o olho no título e fique curiosa para saber mais e, com isso, adquira aquele “produto”. Percebemos pelo texto como o trabalho de intitular foi se desenvolvendo ao longo dos tempos. Na medida em que a imprensa, por exemplo, ia se desenvolvendo e precisando cada vez mais ganhar mercado, vender jornais, o uso do título foi ficando ainda mais importante e, principalmente, breve. Um bom título é um texto breve, simples e atrativo.

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  6. Ao ler “Leitura de Títulos” me chamou a atenção a importância da escolha de um título diante da mensagem que se quer passar. Um exemplo disso é quando a autora se refere ao título como um “lugar privilegiado de investimento ideológico”. Acredito que, no jornalismo, o título seja um aliado do emissor a fim de complementar a mensagem que se pretende passar. Assim, o título acaba sim expondo pontos de vista, o que, consequentemente, direciona a interpretação do leitor sobre a reportagem, notícia ou entrevista que está lendo.
    Outro ponto importante de se destacar, e que inclusive já foi comentado por alguns dos meus colegas aqui, é a forma como o título é usado para despertar a atenção do leitor e atuar como instrumento de persuasão para que ele leia de fato o texto que se segue. É o que a autora chama de “função aperitiva” do título. Acredito que eu um mundo onde a todo momento nós somos bombardeados por uma quantidade enorme de informação, essa função do título seja atualmente a mais importante. Dessa forma, o título atua como um chamariz. É ele que faz com que a atenção do leitor, que é disputada por tantas outras formas de mensagem e por tantos outros meios de comunicação, fique ali retida.

    Pedro Guedes

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  7. O título é capaz de atrair o público ou faze-lo perder o interesse pela leitura. É o primeiro contato com uma obra escrita e por isso é tão fundamental estuda-lo como signo textual em sua importância e particularidades. O título é uma prática antiga, mas sua função alterou e ampliou-se notadamente.
    Antes o título tinha o objetivo de designar a obra, não era fixo, e por vezes era atribuído não pelo autor da obra, mas por uma tradição. Essa idéia de título foi se modificando até chegar ao que é hoje. Atualmente ele não é responsável apenas por indicar ou nomear um texto ou livro, mas também transmitir idéias e interpretações, conter a obra de um modo condensado e atraente. Desse modo ele instiga e prepara a leitura, convidando o público a se tornarem leitores.
    O título tende ao visual, ocupando dimensões e lugares próprios na página, além de caracteres específicos, o que o diferencia do texto em si. O título tem também função acústica, trabalhada no uso de rimas, repetição e outros recursos, quer também auxiliam no destaque do título em relação ao texto.
    Um bom título deve fazer uso desses recursos em seu favor: chamando a atenção do leitor e passando a idéia do texto de forma sucinta e atraente.

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  8. O texto de Eliana Muzzi propõe uma reflexão sobre o título do ponto de vista da linguagem, considerando suas aplicabilidades (na literatura, imprensa, cinema, etc) e sua evolução histórica - com foco a partir da Renascença, que marca a transformação dos títulos para o formato que foi consolidado pela história literária. É a partir daí que os títulos deixam de servir apenas para nomear e identificar um texto e passam a ter, conforme o artigo, "nova densidade semântica" - os autores começam a utilizar o espaço do título para destacar qualidades, promover ideologias, objetos ou sujeitos com o objetivo de incentivar o "consumo de bens simbólicos e/ou materiais".

    A proposta de análise do título tem o objetivo de apresentar caminhos para o ensino da literatura, desvinculando este do texto ao qual se refere para fins acadêmicos - título e texto devem ser analisados individualmente, sob os mais diversos aspectos, de forma que o estudante/pesquisador seja capaz de identificar a importância do título e suas características, do ponto de vista visual, fonético, morfossintático e semântico, para então compreender a escolha deste para apresentar um texto literário, uma notícia ou um filme, entre outras possibilidades. A relação título-texto, conforme o artigo, pode ser conotativa ou denotativa.

    No tocante ao estudo dos títulos na imprensa, Muzzi afirma que, sintaticamente, o título jornalístico apresenta maior número de transformaç ões passivas, enquanto nos romances o título tende à nominalização. Citando as categorias de título "verbal e não-verbal", de Jean Peytard, a autora enquadra a imprensa nos títulos verbais, enquanto no romance, o tipo "não-verbal" é mais comum.

    Ao falar da intitulação jornalística, a autora cita um artigo de Claudine Girod sobre as manchetes do jornal Libération, que evidencia uma preferência editorial por títulos conotativos, que exigem esforço e conhecimento por parte do leitor para relacionar-se com o texto. Tal característica permite um estudo sobre o tipo de público ao qual o Libération se destina. Girod sugere uma pesquisa comparativa entre veículos que optam pelas manchetes conotativas e os que utilizam títulos denotativos - portanto, mais claros e diretos - para a formulação de hipóteses sobre o público-alvo de cada jornal. Muzzi complementa sugerindo o trabalho com os títulos de revistas, que têm o público bem definido
    O estudo do título é importante para o estudante de jornalismo, que precisa utilizar seus recursos para buscar a melhor forma de intitular uma matéria. A manchete de jornal deve ser simples, sem ser simplista, chamativa e instigante, para motivar a leitura da notícia. Neste contexto, o subtítulo também tem função chave, pois complementa e explica o primeiro, norteando a compreensão do leitor.

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  9. O que me chmaou a atenção no texto foi o quão valorosa é a criação de um título e como, do mesmo modo, muitas vezes não damos a devida importância a mesma. Penso que o título tem sim o poder de decidir o sucesso ou não de uma obra. Isso, naturalmente, nos leva a refletir sobre outras questões de composição de um texto, obra, ou matéria, como o projeto gráfico de uma revista ou o cartaz de um filme. As sugestões de elaboração do título e o convite a refletir o seu potencial é de forte pertinência.
    Fausto Júnior

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  10. Leitura de títulos, o texto abordou de forma histórica a evolução-importância do título nos vários meios. Podemos citar, no cinema, na literatura e textos jornalísticos, que fazem do título o primeiro contato do leitor com a obra.
    Certamente o título é o fator atrativo, do qual o público se baseia para decidir se continua ou desiste da leitura. Saber explorâ-lo é tarefa para o autor tentar instigar os leitores.
    Atualmente, é evidente como os jornais perceberam a importância dos títulos. Cada vez é mais comum os meios impressos usufruirem dos meios audiovisuais e da internet para divulgarem as matérias do dia seguinte. Recordo-me de certa vez na qual o jornal local, JF Hoje, utilizou a televisão para fazer a chamada da matéria de capa do dia segunite. Era a seguinte: “Homem Aranha é preso em Juiz de Fora”. Por mais estranho que pareça, foi a forma da qual o veículo utilizou para seduzir os leitores e os possíveis.
    O jornal será vendido, se a capa for bem construinda... porque a mesma é a chamada para o que côntem dentro do jornal. Cabe aos editores e radores dos jornais serem audaciosos e criativos com relação aos títulos. Eliana Muzzi propôs muito bem essa análise e cabe à nós aplicar esse estudo.

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  11. "O título contém todo o texto". Essa afirmação é bastante emblemática. Ao mesmo tempo que o título instiga o leitor (afinal de contas, muita gente opta por ler ou não um livro ou principalmente uma notícia de jornal por causa do título),e ele esconde, envolve o leitor num mistério que depende da leitura do texto para ser selecionado.
    Nos livros, um bom título pode ser tão bom quanto a própria história. É o caso de "O Anel de Noivado", de Danielle Steel. Toda a história se dá por causa do tal anel. E só se vai perceber isso depois da metade do livro.
    O título é uma das mais eficazes formas de o jornal chamar o leitor. Os jornais chamados sensacionalistas abusam desse poder, utilizando de frases de impacto, hipérbole e geralmente, bastante violência.
    O mesmo cuidado com a escrita do texto também deve ser aplicado na escrita do título, antetítulo e subtítulo. Eles são a introdução e o panorama inicial da notícia. São eles que situam o leitor, mesmo que superficialmente, sobre o assunto da matéria, despertando ou não o seu interesse.

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  12. Tendo em vista que o primeiro contato do leitor com a obra é intermediada pelo título, podemos perceber a importância deste no sucesso ou não do que está sendo proposto pelo autor através de seu trabalho. E quando falamos em título, não nos referimos apenas aos livros, mas também à obras de arte, filmes, peças de teatro, entre outros. E o que se vê é o não reconhecimento dessa peça principal. O título ainda não é tratado como deveria ser: parte essencial da obra. O título é um prelúdio do que será a obra, é uma forma de antecipar ao leitor o que estará contido no trabalho. É papel do título é conquistar o leitor.
    O mesmo acontece na produção jornalística. Seja na televisão, no impresso ou no rádio, o título é o que determina a escolha do público. Quando pensamos na produção da notícia para a Tv, temos a cabeça, que pode influenciar a permanência do público naquele canal. O mesmo acontece com o rádio, onde a manchete da notícia pode prender a atenção do ouvinte e conquistar sua preferência. No impresso, o título pode ser decisivo na escolha de uma matéria, quando se tem um leque de opções.
    Pensar em palavras que traduzam de forma atraente o que pretendemos com nosso trabalho não é tarefa fácil. Mas é preciso tratar dessa peça importante da obra com mais seriedade e ter a consciência de seu papel fundamental.

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  13. O texto de Eliana Muzzi nos propõe uma reflexão acerca do título como elemento primordial na composição de um texto. A importância do título para uma produção jornalística é discutida diversas vezes durante a faculdade. O fato é que muitas vezes temos mais facilidade em organizar as idéias para a matéria do que em intitulá-la. Isto porque o título vai ser a apresentação da nossa apuração, do nosso trabalho. Cabe a ele demonstrar previamente o interesse que o texto tem para seu possível leitor. Há tendências na literatura que são inviáveis em um texto jornalístico, como a confecção de títulos grandes. Para “manchetar” uma matéria,buscamos sempre colocar títulos claros, enxutos e chamativos. Isto porque, se acumularmos informação logo no título, faremos com o que o leitor perca o interesse pelo restante da matéria, e nos tornamos repetitivos, fragmentando e gastando a notícia.
    No meio jornalístico, pensar o título como signo precursor de um elemento maior- a matéria- mostra-se fundamental. É importante ressaltar também as diferenças na composição de um título para cada mídia No rádio e na TV, há de se preocupar também com a sonoridade das manchetes, para que não poluam a audição do ouvinte ou telespectador.Já no impresso,são as manchetes que vão instigar ou não o leitor a prosseguir com a leitura. Assim, é possível compreender a atenção que deve ser dispensada no momento de decidirmos o título para um trabalho. Vai ser ele que dará um nome e uma feição não só a produção, mas ao autor dela. É o título que vai motivar o público e despertar o interesse pela informação.

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  14. Perdoem-me, mas esqueci de postar antes... Hoje pela manhã susto! Me lembrei...Poderia ter sido umas 12 horas antes...
    Segue abaixo meu comentário:


    É comum pensarmos que as aparências nos enganam. Pode ser um tanto contraditório em uma sociedade com tantos estereótipos, afirmar o contrário. Porém quando tratamos do assunto "Título" percebe-se que as aparências são eficazes. Afinal cada palavra ou a palavra que constitui o título exprime uma totalidade de sentidos e cognições capaz de nos levar a um rico universo imaginário. A história, o texto, o artigo ou a peça publicitária começa alí, naquele convite inicial. Não foi em vão que os títulos tornaram-se instrumento fundamental de comunicação e evoluíram em criatividade. Com a correria do dia-a- dia, um bom título faz toda a diferença, ele pode incitar a leitura de todo o texto, como pode resumir e objetivar o assunto. O título é a parte que pode ser comunicada livremente, o “espaço social da leitura”, que nos leva a comentários coletivos “será que é bom”, “parece que é diferente”, “ olha só”. No popular, o título é quem “vende peixe” para quem sabe podermos saboreá-lo por inteiro.

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  15. O texto “Leitura de Títulos” me fez lembrar as aulas de redação no colégio e na faculdade. Os professores destacavam a importância do título, muitos chegavam até a ler em voz alta os que consideravam criativos. Como afirma Eliana Muzzi, essa prática está arraigada à nossa cultura. O título é caracterizado como um referencial, um símbolo que remete a outro. Ao mesmo tempo em que pode assumir diversas funções, da estética à ideológica.

    Atualmente, com o acúmulo de informações e a facilidade de acesso a elas, o micro-texto tornou-se ferramenta fundamental. A síntese é a base do mundo virtual, o próprio endereço de um site muitas vezes funciona como resumo ideológico do que será tratado na página. No jornalismo, a manchete define o leitor, o induz a uma determinada interpretação do texto. Um título jamais está neutro no texto, ele transmite a intenção do autor, mesmo quando é uma abreviação precisa de tudo o que foi dito.

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  16. Como ressaltado pela autora, o título contextualiza e situa o leitor dentro do universo de leitura no qual ele vai entrar. Muitas vezes, a leitura é coordenada por ele. Se a pessoa lê o título e este não a atrai, ela não lê o resto do texto. Então a partir do título, somos conduzidos dentro do ambiente de leitura que a frase principal nos trouxe, e assim vamos relembrando informações já adquiridas de outras leituras. No jornalismo, esse fator de conhecimento prévio, é fator agregador da leitura, pois a partir do título, o leitor faz a ligação com outras informações e pontos de vista e compara com a nova informação que chega a ele através do título. Acredito que essa é a maneira que muitos leitores utilizam para comparar opiniões de jornais diferentes, mas também para elaborar seu próprio ponto de vista. O jogo de palavras feito em textos opinativos, por exemplo, é um atrativo para que o leitor leia aquela análise e posteriormente possa concordar ou discordar dela.
    No contexto em que vivemos hoje, em que recebemos muita informação, o título é fundamental para garantir a objetividade do texto. Tanto que considero esta uma das fases mais difíceis da criação de um texto, seja uma noticia ou texto opinativo. O grande dilema é sempre como criar um título que instigue o leitor a ler o que está no corpo do texto. Por isso, o título nunca deve ser relegado a segundo plano, pois não é apenas um forma de sintetizar um assunto em uma frase. É uma maneira de conduzir, dar segurança e até mesmo liberdade de imaginação a quem lê um livro ou uma notícia de jornal.

    Magali Pereira

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  17. O texto “Leitura de Títulos” propõe uma análise textual dos títulos. Seus níveis gráfico, fônico e sintático são responsáveis por construir a semântica. Há uma discussão sobre as várias funções do título, como dar qualidade, atributo e assinatura ao texto a que se refere. Acima de tudo, é possível perceber que o título é responsável por dar uma identidade ao texto que o segue.
    O título “leitura de títulos”, do texto comentado aqui, apela para a curiosidade e pelo inesperado, já que o título é quase sempre excluído do campo de análise textual. Assim, incita o leitor a descobrir um campo novo, ao mesmo tempo em que esconde a análise propriamente dita. Temos um título denotativo, em que o texto possui uma explicação semântica do título.
    O título, como Eliana afirma, ao mesmo tempo em que explica e contém a obra inteira, é vazio. Esse fato não faz com que ele perca sua importância. Pelo contrário. O complemento do que falta no título está no texto e, se o leitor tiver curiosidade em descobrir o que preenche essa lacuna, acredito que formamos um bom título. Isso faz com que o leitor tenha um “pré-conceito” sobre o conteúdo do texto. Determina a decisão do leitor em ler ou não a obra, já que “o texto reescreve incessantemente seu título”.
    Eliana reflete, ainda, sobre o tamanho dos títulos. A partir do século XVI, eles possuíam tendência a serem breves, pela necessidade de transmissão rápida e memorização. Entretanto, os títulos de obras mais recentes tem se tornado mais longos. Acredito que além de fazer memorizar o título tem a função primordial de chamar o leitor à leitura. Assim, para uma obra ser vista atualmente é preciso inovar, ser criativo, ou seja, fugir da regra. Com isso, o título breve tem função de facilitar a memorização, e o título longo, incluído na cultura atual, apresenta essa mesma função por ser diferente. O funcional sofre alterações ao longo do tempo. O que é regra comum hoje pode ser o diferencial criativo em outra época.

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  18. Refletindo sobre a função do título exposta por Eliana Muzzi, ora concordo com seus argumentos, ora acho-os absurdamente forçados.

    É fato que o título exerce função de destaque em qualquer leitura. Não é à toa que ele é o primeiro elemento em que batemos os nossos olhos. Mas quantas vezes nos deparamos com títulos que, simplesmente, não têm nada a ver com o restante do texto? E nem por isso a leitura deixa de se tornar menos interessante, ao contrário, desvendar o sentido daquele "sinal maluco" torna-se uma diversão e pode nos levar à caminhos até então desconhecidos até mesmo do próprio autor.

    No âmbito musical, o título em "discordância" com a música é absolutamente normal e aceitável. Muitas vezes, ele vem de uma "viagem subjetiva" do autor que, em sua divagação mental, acredita que aquela palavra ou frase que intitula uma canção tem total harmonia com o que quis dizer em seus versos musicais.

    Agora, me parece que como tudo na vida, o título, também, está inserido em um jogo de interesse. Infelizmente, todas as nossas relações são baseadas nessa lógica. Sim, quando procuramos alguém para amar, estamos, na verdade, à caça de uma pessoa que satisfaça nossos interesses, que complete necessidades que julgamos essenciais. Nesse contexto, o título nada mais é do que a síntese de uma idéia baseada no convencimento de um interesse. O autor quer, de toda maneira, se fazer entender pelo seu leitor e sua meta começa quando elabora o título de seu texto.

    Poxa, será que até mesmo em nosso momento mais libertador - o ato de ler - querem nos domesticar ? Nos conduzir para uma idéia que julgam a preponderante? Será que não somos capazes de construir nosso próprio raciocínio quando fazemos a leitura de um texto?

    Estamos mesmo amarrados até o pescoço!

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  19. Separei o texto em duas partes. A primeira está mais voltada para a teoria, com muitas classificações e definições gramaticais e semióticas. Acredito que chega a distanciar um pouco da matéria prática que estamos cursando, mas interessante do ponto de vista que como produtores de textos qualquer leitura é bem-vinda. A segunda parte já chega bem perto do nosso cotidiano. Trabalhar o "título" como o incentivador da leitura do texto nos faz pensar no ato de escrever, que para mim é uma das questões mais importantes do nosso curso. Se pensarmos no texto de uma forma mais jornalística, diríamos que o título ou a manchete “vende” o texto. Em um mundo em que prevalece o excesso de informações, ter um bom título pode ser o diferencial para que seu texto seja lido.

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  20. A composição do titulo é, sem dúvida, um ponto central da formação jornalística, especialmente porque ele e os elementos que ajudam a lhe dar força e sentido (como chapéu e bigode, no caso do impresso)devem refletir objetivamente o contexto da história narrada, da pauta bem interpretada. Todos os comentários aqui postados contribuem para reflexões acerca desse tema. Uma boa reportagem começa com um bom título! Grande abraço a todos..Bedendo

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